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Vamos Viver a Vida...

"Devemos prestar atenção no tempo Presente, parar um pouco de ficar olhando o Passado e pensar a todo momento no Futuro, pois o tempo mais precioso está se perdendo..."

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Falando um pouco sobre os índios...

Segundo o pensamento “dos brancos” os índios deixaram de serem povos selvagens da floresta. Será mesmo que os selvagens eram os índios? Acredito que não, e sim, os europeus que chegaram “mandando” e fazendo as coisas do jeito deles, como se fossem os próprios donos da terra.
Até hoje, os índios lutam por seus projetos e pelos seus modos de vida. O Brasil possui uma das maiores diversidades sociais existentes.
Foi bom saber um pouco da história onde tudo começou: depois da segunda viagem de Colombo ao Haiti, fizeram uma ocupação armada e até mudaram o nome para Ilha Hipanoíola.
Foi o início de uma colonização, pois 17 naus desembarcaram com cerca de 1200 a 1500 homens. Chegando aqui, subordinaram os índios a escravidão, a violência bruta e também a violência simbólica, pois o ensino era ministrado por jesuítas (Pedagogia Jesuíta), assim nasceu a escola indígena. Queriam “adestrar” os índios que habitavam aqui. Falar que os portugueses descobriram o Brasil é uma grande mentira, pois nosso país já estava a muito tempo habitado.
É duro saber que ainda há rituais de morte nas tribos. Como não convivemos com esta realidade, de certa forma, ficamos “alienados” sobre o que está acontecendo. Cada um tem sua cultura e temos que respeitar a de cada um.
Com relação a reportagem apresentada no início da unidade, fiquei perplexa com a família que ainda acredita que deve sacrificar o filho que não nasceu “perfeito”. Concordo com a decisão da juíza, pois é apenas uma criança que deve ser cuidada e amada. Os pais queriam a todo custo sacrificá-la, por ser um ritual de cultura ianomâmi: um grave pecado nascer com problemas, pois não conseguirá cumprir seu destino ancestral.
No século XVI um grupo de espanhóis disse ter encontrado cidades na margem do rio Amazonas. Daí em diante o assunto passou a ser tratado como lenda, porque naquela área acreditavam que só havia animais e vegetais.
Só mais tarde, através de estudos descobriram que aquele lugar realmente era habitado, denominado de região do Xingu, havia grandes aldeias, nas quais utilizavam adobe para construção de suas casas. Ou seja, eram ancestrais dos Kuikuro que lá habitavam a mais de 1.500 anos.
Já o homem chegou para “detonar” os recursos não-renováveis da terra: petróleo, florestas, ar, água, vento, chuvas, vidas animais e vegetais e a própria vida em si.
Confesso que “abri meus olhos” em relação aos conceitos abordados nesta unidade, como também fiquei mais atualizada e passei a ver o verdadeiro lado detalhado da história, por saber o quanto os índios sofreram e que até hoje sofrem.
Não tinha uma concepção de como realmente era. Talvez por descuido, ou até falta de leitura e estudo na área.
Assim, minha concepção mudou muito, se aprimorou, aprofundou e construí conceitos novos, com uma nova visão. Fiquei abismada quando vi que havia 6.000.000 de índios e que agora este número é inferior a um milhão.
A população diminuiu muito, isso é complicado. Seria necessário que as políticas públicas se preocupassem mais com estas pessoas, somos diferentes, com características próprias, porém iguais nos deveres e direitos, sobretudo nas oportunidades de ensino, trabalho etc. pensando bem, dá pra perceber o número reduzido sim, somos nós que não paramos para pensar e registrar.
Há sete anos que leciono, desde a educação infantil, passando pelo ensino fundamental, médio e até o supletivo e nunca dei aula pra nenhum índio, ou que fosse filho de um índio, ou parente, não me lembro.
Considerando o número de alunos que já ajudei a construírem seus conhecimentos, não teve nenhum índio... É, realmente, é pra se pensar e analisar que a quantidade está reduzindo, e muito!

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