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Vamos Viver a Vida...

"Devemos prestar atenção no tempo Presente, parar um pouco de ficar olhando o Passado e pensar a todo momento no Futuro, pois o tempo mais precioso está se perdendo..."

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

DIVERSIDADE E DESIGUALDADE

A ideia de igualdade foi moldada pelo cristianismo, onde explicavam que os seres humanos são iguais perante a Deus, e que foram feitos aos moldes dele. Porém, não foi bem o que aconteceu, pois, como os negros não eram tratados com igualdade?
Eles eram considerados apenas uma mera mão-de-obra barata, para os europeus e só serviam para o trabalho, eram domesticados de forma que agradassem os poderosos, ou melhor, seus donos.
Daí nasceu uma relação de opostos entre dominantes e dominados, de dominadores e de subordinados, como se estivessem em realidades distintas.
Portanto, a noção de que as pessoas são iguais foi construída gradativamente e superando muitas dificuldades.
Segundo Bugarelli em seu artigo, é necessário refletir sobre o que é ser parte do padrão dominante e melhorar as relações com as pessoas e com o mundo. Na medida em que vai libertando uma visão mais realista dos padrões estabelecidos, podem ser desconstruídos e substituídos por outros mais inclusivos e mais plurais.
Foi necessário construir uma Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), para esclarecer que todos são iguais por ter uma personalidade diferenciada e também uma experiência construída coletivamente.
Porém, as diferenças geram ainda motivos de desigualdades, onde diversas questões como: sexo, raça, religião, orientação sexual, classe social, idade, etc. são vistas de forma diferenciada.
As regiões Norte e Nordeste são as mais pobres, e os dados sobre raça mostram com clareza que a discriminação contra os índios e a população negra persiste na sociedade brasileira.
Os negros correspondem a 47,3% da população brasileira e representam 66% do segmento mais pobre. Entre a população pobre, as mulheres negras ganham, pois são as mais pobres.
Há pessoas que ainda vivem com preconceitos, ou seja, fazem um conceito daquilo que nem vivenciaram.
O fato de ser homem ou mulher, não pode determinar se o que se vai ganhar será superior se, no caso masculino, ou inferior, se for feminino; ocupando lugares de comando ou apenas de subordinação, por exemplo, reduzindo as oportunidades e diminuindo as chances.
Desde a antiguidade, os indivíduos eram considerados desiguais pelos religiosos e pelos filósofos. Segundo a religião, os pobres eram os pecadores, não tinham o sangue azul e também eram doentes. Já os outros não, eram fortes e corajosos, sábios, livres, assim, melhores que as mulheres e os escravos.
Para o posicionamento ideológico liberal e conservador as causas principais das desigualdades sociais são as diferenças individuais, isto é, as condições de vida social que são de acordo com a inteligência, esforço, vontade e dedicação pessoal. Acreditam que estas diferenças são natas, as pessoas já nascem assim. Logo, a educação trabalha com os aspectos intelectuais, funcionais e morais do indivíduo.
Em nossa sociedade, os homens brancos, heterossexuais, fisicamente perfeitos, “normais”, bonitos, entre tantas outras características, acabam sendo o padrão dominante e, em relação a eles, os outros são julgados. Já para as mulheres, o padrão estabelecido: brancas, loiras, de olhos claros, altas, magras, bonitas...
Infelizmente, nesta sociedade capitalista, consumista e excludente, as fotos, as imagens, as linguagens, enfim, estão a serviço meramente dos padrões dominantes.
Já para o posicionamento histórico-social e progressista, a causa principal das desigualdades sociais é explicada historicamente pela dominação e exploração que ocorreram entre classes sociais e diferenças pessoais, de personalidade e de comportamento devido as condições sociais.
Aqui, a educação prepara o indivíduo para atuar em sociedade ensinando as competências individuais, mudando a visão de dominante e subordinado, dando as oportunidades e não são excluindo-os.
Sabemos que somos todos membros da raça humana, mas mesmo assim, dividimos o mundo em raças.
O importante, portanto, não é aquilo que temos e somos, mas o que fazemos com isso que nos é dado ou imposto.
A diversidade como valor se fortalece com o movimento de responsabilidade inserida no meio em que vivemos e contribui para a superarmos as desigualdades sociais, econômicas, culturais, de discriminação e de injustiça.
Somos responsáveis por promover a diversidade como um dos valores primordiais em nossas vidas e em todos os lugares onde estamos ou onde pretendemos estar um dia.
Portanto, cada um possui suas diversidades e que devem ser tratados com igualdade de direitos e deveres.
As diversidades devem ser respeitadas, o que não explica tratar o ser humano com desigualdade só porque pensa, ou age de uma determinada maneira, ou que tem uma cultura, uma crença, um modo de vestir e de comer diferente.

“Respeitar as diversidades com igualdade, pois o mundo necessita plenamente desta união.”
Geisiani C. M. Gomes



Referências


http://www.unicrio.org.br/Textos/dialogo/reinaldo_s_bulgarelli.htm
http://www.brasilia.unesco.org/Brasil/contextoSHS/pobrezapersistente
http://www.consciencia.net/2003/09/06/kress.html
http://www.youtube.com/watch?v=tLHBHjOij3k

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