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Vamos Viver a Vida...

"Devemos prestar atenção no tempo Presente, parar um pouco de ficar olhando o Passado e pensar a todo momento no Futuro, pois o tempo mais precioso está se perdendo..."

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PRÁTICA PROFISSIONAL

Através da educação que se pode transformar o meio em que vivemos. Segundo o texto a educação é uma forma de instrumento de luta, de libertação, na construção de uma sociedade economicamente justa, solidária, respeitando a cultura, os valores históricos, a pluralidade, e que a política seja democrática.
A educação ambiental está inserida na própria educação, pois é a forma de como o homem vai se apropriando dela para construção de seus conhecimentos, tal como o cuidado com a própria natureza e a apropriação dos recursos ambientais para modificar o meio.
A Pedagogia, segundo Pimenta (1996) é uma ciência da prática, assim, será efetivada com reflexão sistemática da educação. A teoria também é importante, mas, sobretudo praticar colocando em evidência o que aprendeu é fundamental. Então, o homem deve agir criticamente e com responsabilidade sobre o meio, pois ele é o único capaz de afastar-se do mundo para ficar nele e com ele e que também consegue projetar sua ação de intervenção na natureza, pois é capaz de agir, modificar, alterar, transformar a sua volta criando o mundo da cultura.
Existem dois tipos de trabalho: o material, que cria os materiais necessários para sobrevivência, ou seja, os bens materiais; e o não material, que são os valores, símbolos, hábitos, atitudes, habilidades, que constituem a construção do saber, ou seja, sua identidade própria.
O poder público tem como competência orientar a educação em todos os níveis para a participação efetiva de todo cidadão e de toda comunidade em defesa do meio ambiente, cuidando para que os currículos escolares das diversas materias contemplem o estudo da ecologia. Aqui, o importante era o estudo da ecologia, o que por meio de estudos esta visão foi ampliada, fazendo com que a educação ambiental fosse incluída na educação formal.
A partir do século XVI a natureza é vista a serviço do homem, o que é denominada visão mecanicista. Quatro séculos depois, já é vista como uma questão de interdependência. Em 1965 a expressão Educação Ambiental aparece pela primeira vez. Em 1972, entre as recomendações da Conferência de Estocolmo, há uma para Educação e Meio Ambiente. Um ano depois, cria-se a Secretaria Especial de Meio Ambiente, dentro do Ministério do Interior. Em 1977, na Conferência de Tbilisi na Geórgia, é estabelecido os princípios orientadores da EA. Somente em 1981, no Brasil, foi criada a Política Nacional do Meio Ambiente, que foi incluído a educação ambiental em todos os níveis de ensino e nas comunidades para que participassem em defesa do meio ambiente. Depois, também foi citada na Constituição de 1988 (art. 225), no Capítulo III – Da Educação, da Cultura e do Desporto (art. 214), nos PCNs, de 1997 – temas transversais: Meio Ambiente e também citada no Decreto 99274/90, Constituição estadual de 1989, Lei Orgânica de Barueri de 1989, na Lei 9795/99 e Política de Educação Ambiental, Lei 12.780/07.
Segundo o texto, 95% dos brasileiros gostariam que tivesse educação ambiental obrigatória nas escolas, por ser considerada como possibilidade para mudança de hábitos e comportamentos das pessoas. Geralmente, a convivência do homem com o meio é de forma que priorize suas necessidades individuais e imediatas.
Portanto, é necessário que se mude algumas concepções que foram trabalhadas ao decorrer dos anos, como plantar árvores no Dia da Árvore, ou outra atividade qualquer em razão de uma data, pois logo será esquecida e somente lembrada no próximo ano.
É extremamente importante que o meio ambiente esteja não só em alguns dias e sim, em todos, em todas as disciplinas, pois afinal, dependemos dele para vivermos, para nossa sustentabilidade. Assim, é necessário que haja uma educação sócio-ambiental.
Não podemos deixar de lado as necessidades dos educadores e educandos que vivem nas comunidades locais: sociais, econômicas, culturais e etc., onde todos possam participar do processo de melhoria do meio ambiente partindo da própria realidade, fazendo parcerias e que os conhecimentos sejam compartilhados e transmitidos para o maior número de pessoas.
O diálogo é necessário para que ocorram trocas de experiências, estimulando a reflexão individual e a participação coletiva – como também de profissionais especializados em cada área - para solucionar/resolver ao mesmo tempo dando várias sugestões a diversos problemas ambientais.
É necessário que se reflita sobre a realidade na qual os indivíduos estão inseridos e que seja utilizado o resultado dessa vivência como ponto de partida para uma reconstrução de conceitos e ampliação de experiências buscando mudanças na prática social.
Um bom planejamento coletivo é fundamental para que as questões sobre meio ambiente possam ser interdisciplinares, não só professores de Ciências, Biologia e Geografia, é necessário compartilhar informações, dividir as tarefas. Em Português, dá para trabalhar diversos textos, em Matemática, fazer gráficos, pesquisas, tabelas, e assim por diante.
Um dos problemas enfrentados hoje, é que muitos professores não receberam em sua formação inicial “bagagem” para se trabalhar o tema meio ambiente de forma prática. E também é de suma importância que o professor escute a realidade do aluno, sua “bagagem cultural”, que chame alguém, ou melhor, um morador antigo do bairro para fazer uma palestra, falando de como era a comunidade, o que melhorou, ou o que não ficou bom, o que foi transformado ao decorrer dos anos, enfim, é legal ouvir ou ver fotos do passado, comparar com o presente e fazer previsões para um futuro se continuar do jeito que está caminhando, que a comunidade/cidade está crescendo.
Uma boa forma de aprendizagem seria levar os alunos para lugares que possam mostrar uma visão a respeito dos diferentes do processo de sensibilização da questão ambiental, como por exemplo: lixão, aterro sanitário, parque ecológico, estação de tratamento de água e esgoto, num sítio, num shopping, aulas de campo, etc. As crianças perceberão como o meio ambiente foi modificado nos diferentes lugares, colocando em discussão nas aulas os principais problemas e soluções que nestes estudos de campo puderam observar e como eles poderiam utilizar no seu cotidiano.
Para tanto, é importante que os projetos sejam criados coletivamente com a participação dos docentes, discentes, membros da comunidade, equipe gestora e funcionários da escola. Também, o espaço físico, o tempo, a reflexão, a troca de experiências são fundamentais para que as mudanças sejam efetivadas e que também ocorra a formação cidadã dos alunos.
Atividades práticas ao ar livre são ótimas ferramentas pedagógicas, quando bem planejadas e conduzidas. O cultivo de uma pequena horta escolar ou comunitária é uma boa atividade para se trabalhar a disciplina e estimular a responsabilidade dos alunos, principalmente quando eles participam de todas as etapas de sua implantação. Isso sem deixar de constituir um momento de recreação sadia, sendo uma tarefa facial, sem necessidade de muitas ferramentas ou máquinas especializadas.
A horta escolar pode exercer diversas funções nobres, como recurso didático, em despertar hábitos de gostos variados para legumes e verduras, numa alimentação mais rica e diversificada, despertando vocações e meios de sustento baseados na agricultura orgânica, para o aluno e sua família. Assim, serão resgatados vínculos afetivos deixados de lado nos grandes centros urbanos. Por meio da criação dessa horta vários aspectos ambientais serão trabalhados, como: água, luz, ar, solo, fotossíntese, fogo, entre outros.
Outra forma de se trabalhar o tema Meio Ambiente é através do combate as desperdício que pode começar de maneiras bem simples, aproveitando as partes não usadas dos alimentos que muitas vezes vão para o lixo, como: cascas, folhas e sementes que podem dar um sabor especial às receitas convencionais, resultando em produtos saborosos, de baixo custo e altamente nutritivos. É por meio de pequenos gestos que podemos transformar e melhorar o meio em que habitamos, aproveitando tudo que podemos. É importante sensibilizar as crianças em relação à problemática do lixo, como também aumentar sua percepção sobre o meio ambiente em relação a reciclagem, reutilização, redução e coleta seletiva de lixo. Pode ser feito um desfile com materiais recicláveis, por exemplo. Isso leva tempo, no qual deve ser bem trabalhado os diversos tipos de materiais recicláveis, as cores dos lixos para coleta seletiva, o tempo de decomposição, etc. Portanto, há muitas formas de ser trabalhado o tema Meio Ambiente, desde que seja bem planejado, refletido e bem organizado.

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